O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja um roteiro internacional em até cinco países no primeiro trimestre deste ano.
O objetivo da nova diplomacia brasileira é sinalizar a retomada do papel do Brasil como mediador internacional, a defesa do multilateralismo e a ampliação das relações comerciais.
A ideia é que Lula desembarque no final deste mês, na Argentina, para encontro da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Na sequência, em fevereiro, deve ir aos Estados Unidos, em visita oficial que era programada mesmo antes da posse do petista, em dezembro, a convite do presidente Joe Biden.
Em março, Lula deve viajar para Portugal e para China. O governo federal tenta encaixar no roteiro os Emirados Árabes Unidos, que detêm fundos soberanos que podem ser revertidos em investimentos no Brasil.
E, ainda no primeiro semestre, a perspectiva é de que o novo presidente faça viagens tanto para a Europa como para a África.
O presidente brasileiro já informou ao vice-presidente Geraldo Alckmin que passará grande parcela do primeiro ano do novo mandato em viagens internacionais.
Para facilitar a gestão do país, Alckmin deve ter uma sala de despachos no terceiro andar do Palácio do Planalto, a poucos metros do gabinete presidencial.
Em conversas reservadas, Lula tem comparado a relação que quer ter com Alckmin com a de Barack Obama e Joe Biden, de 2009 a 2017.
Biden costumava ser o primeiro a chegar e o último a sair de reuniões presidenciais, participando diretamente de decisões administrativas.
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